quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011





Quando pensei que estava ao ponto de te esquecer


me vi correndo em direção àquele lugar, o último lugar ao qual te vi, a qual fomos nós dois pela última vez, é , eu só pensei em te esquecer, só pensei. Mas só restava a chuva, e o vento frio cortando minha pele, enquanto paralisada ali me encontrava, olhando-te, querendo-te por perto. E tu, nem vistes este ser aflitivo, eu, bem a tua frente. É, eras algo consideravelmente nada pra você enxergar. Recuei-me na tentativa de ser racional, nem que fosse por míseros segundos. Tentativa inútil, pois meu coração acelerava cada vez mais em que eu tentava acharmaneiras de que tu viesses a mim. Tentei gritar, mas minha voz se recusava a funcionar. Tentei voltar e ficar a tua frente, mas meu andar não me obedecia mais. Tentei mil receitas pra te esquecer, mas minha mente recusava trabalhar-las no meu coração. A única coisa, a qual não recusava-se de funcionar para ti, era aquilo que tu modificastes tanto desde tua aparição, o meu coração. Esse não cessava nem por um instante, e se ao menos hesitasse em te querer dentro dele, não hesitava. Recuada me mantive por alguns instantes, deixando que a chuva levasse todos esses medos com ela, pois já eras covarde demais para que fizesse que os mesmos fossem embora sozinhos. Olhos aflitivos tentavam desvendar-me, meus mistérios indisvendáveis até por mim mesma. Peguei-me correndo para longe deste lugar, local de memórias inapagáveis, deixando que minhas lágrimas se misturassem com as gotas da chuva. Então deixa-as secarem neste coração só teu, para que eu possa te encarar nos olhos, quando essa tempestade passar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário