quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011


Pequenos Fragmentos

Enquanto cambaleava pela casa, todos dormiam, todos, menos eu, por ter medo de fechar meus olhos novamente e só conseguir você, em sonhos que só iram machucar-me ainda mais se alimentados. Chás, livros, calmantes e filmes infantis se tornaram as minhas companhias mais saudáveis nesses últimos dias, são as únicas coisas que ainda posso achar tranquilidade e me permitir ficar tranquila, nem que seja por miseros segundos. Sabes, bem que queria, que você visse, todas essas noites mal dormidas, que todos os meus dias se escureceram desde a última vez em que vi você. É, bem que eu queria, que pudesse ver tudo isso, para que percebesse o que você conseguiu fazer, o que nós conseguimos perder. Você percebe? Você já conseguiu perceber onde fomos parar? Sinceramente, já perdi-me demasiadamente para saber, já embolei todos os meus sentimentos, pensamentos e reflexões aqui dentro para saber. E você, você consegue ver aonde tudo foi parar ? Se encontrar, devolva-me o que me cabe, para que talvez, possamos juntar, os nossos pequenos bens que ainda possam restar, em um só.


Déjà Vu

Deitei -me sobre o sofá, aquele que costumava deitar-me com com você, fechei meus olhos e consegui te sentir aqui, ao meu lado, afagando meus cabelos com as pontas dos seus dedos enquanto tua respiração era o único som que quebrava todo aquele silêncio, toda aquela paz em que meus lábios se recusavam se afastar dos seus, de que seu corpo me aquecia demais para querer me desligar dele, é eu consegui sentir. Tentei lembrar-me qual foi a última vez em que te tive, e a única coisa em que me vinha a mente, era esse mesmo momento, nós dois, neste mesmo lugar. E o mais estranho era que eu conseguia sentir tudo aquilo que ousei sentir naquela tarde com você, tudo parecia se tornar tão real, cada batida em que meu coração se desritimava, cada arrepiar só de pensar que poderia ser você, aqui comigo. Então escutei um voz, e por frustação a minha, não era a sua, a voz da realidade, mandano-me acordar, porque já estava na hora de voltar e viver.



Me sinto tão lesada, 
por todos os acontecimentos ao longo desses dias, teu aparecimento, que me gerou o arrependimento, da entrega, da coragem, e de tudo em que abristes mão para está aqui. E tu, quem és tu ? Alguém sem paradeiro e rumo, que aterrissou e bagunçou tudo que já havia construído,todos os meus desencantos e medos, se transformaram com você. E para que, diga-me, para que tudo isso ? Para que todas essas conquistas e transformações, para jogá-las do primeiro ponto mais alto que encontrastes pela frente, e destroçá-los com a mesma facilidade em que entrastes aqui, dentro de mim ? É, eu tentei, tentei demasiadamente que tu ergueste-me desde o ponto mais frágil até ao mais sólido desse meu ser, mas só o que conseguistes fazer foi, tripudiá-lo e acabá-lo tão agilmente que chega a me assustar.
Estupidamente, assim que me encontro, desde teus desencontros, até nosso próximo reencontro.


Fotografias
Peguei aquelas nossas fotos, e percebi como todos nós mudando, será que eram nossos cabelos mais curtos, ou nossos sorrisos eram mais sinceros? Nossos olhos ficaram vermelhos, lamentei-me porque não ter registrado como eles brilhavam, e quase deixavam que as lágrimas se tornassem reais e saíssem de um imagem congelada. E em cada fotografia em que olhava me lembrava, de cada momento, risos e abraços, e beijos perdidos. Me deu vontade de voltar a me tornar parte daquele momento, que tudo ganhasse movimento, e nós fossemos por uma vez, como já fomos um dia. Ao ver aquela em que todos estavamos molhados, cerrei meus olhos e por um instante eu consegui sentir a sensação das gotas tocando minha pele, de escutar as suas vozes, vocês cantando nossas músicas, aquelas músicas, e de sentir os abraços, dos toques, que sempre vou guardar comigo. Em minha memória, estão guardados todos esses momentos, como fotos, em cada flash de lembrança, eu vou sentir vocês aqui comigo. Em cada recordação, a foto se clareará, para não se apagar jamais, essas fotografias.






Quando era criança acreditava
 
nas histórias que haviam tesouros escondidos no final de cada arco-íris, sonhos tolos de criança, eram o que todos me diziam, quenão adiantava correr e nem ao menos tentar, pois eles não existiam!
Então meus sonhos infantis foram apagando pouco a pouco, mas nunca morreram de vez, ainda havia aquela luz fraca em meio a toda a escuridão,quase morta, mas ainda existia, e só precisava de algum motivo pra reacende-la. Foi então, quando você apareceu, e as luzinhas dos meus sonhos aparentemente tontos foram reacendendo a cada vez que você se aproximava de mim. Tu se tornastes o meu motivo principal, e percebi que o que eu iria
encontrar agora no fim do arco-íris, era você. Você que era o meu tesouroescondido, e se eu tivesse um dia pensado que sonhos eram apenas coisas infantis eu não estaria hoje aqui sendo o nosso sonho, sendo nós mesmo, as cores próprias cores do arco-íris.





A noite estava tão fria, 
e eu não tinha você ao meu lado. Puxei a coberta e fechei os meus olhos, de repente, você estava ali, junto a mim, aquecendo-me, dizendo-me para não dizer-te nada, apenas sentir-te mais um vez. Abri meus olhos outra vez, percebi que tudo dão passava apenas de uma boba imaginação, um sonho. Então meu amor, cada vez que o vento frio cortar minha pele e eu me arrepiar, querendo regufio, é nos seus braços quentes que vou querer está. A cada noite quietante, durante todo o silêncio da madruaga, é somente tudo voz que eu vou querer escutar a sussurar. A cada instante em que não houver mais nada para se fazer, é não tem nada para fazer que quero está com você. Voltei a fechar meus olhos, e te tive mais um vez. É. Nos meus sonhos, pelo menos lá, eu sei que sempre poderia te encontrar.

O anel de casamento 

é posto no dedo anelar, pois é o único dedo que possui uma veia ligada ao coração!